Muito se fala em baixo libido e reposição de testosterona, mas afinal de contas o que é libido?
Pelo próprio dicionário Libido é definido como:
1-” A procura instintiva do prazer sexual; desejo”
2-“energia que está na base das transformações da pulsão sexual; energia vital, de acordo com as teorias de Freud”.
O Libido é tão importante para o ser humano que é estudado há muito tempo, felizmente hoje em dia nós já sabemos que o libido está intimamente relacionado com os níveis de Testosterona no organismo de um homem, dessa forma nós podemos mudar tudo isso com a Reposição Hormonal.
REPOSIÇÃO HORMONAL MASCULINA
É importante entendermos que a Reposição Hormonal masculina ela é permitida sim, para aqueles que de fato precisam, nesse nosso caso estão incluidos as pessoas que produzem baixa quantidade de testosterona ( Hipogonadismo).
O hipogonadismo masculino caracteriza-se pela insuficiência dos testículos fabricarem níveis fisiológicos de testosterona e de realizarem a espermatogénese de forma potente, ou seja, de modo a que haja uma normal produção de espermatozoides, quantitativa e qualitativa. Esta condição tem origem em imperfeições no mecanismo do complexo hipotálamo-hipófisetestículos. O hipogonadismo masculino pode dividir-se em dois tipos: o hipogonadismo primário e o hipogonadismo secundário.
O hipogonadismo secundário é uma condição predominantemente relacionada à idade avançada dos homens. Este contexto é muitas vezes negligenciado pelo corpo clínico e pelo próprio doente, sendo subdiagnosticado e, por consequência, raramente é tratado.
A consequência disso são pessoas cada vez mais jovens se sentindo desmotivadas a ter relações sexuais. Para um correto diagnóstico é indispensável a presença de indicativos clínicos e sintomas que sugiram uma diminuição considerável de testosterona. As manifestações associadas a carência androgénica nos homens são:
1- Baixa libido;
2- Disfunção erétil (incapacidade de conseguir ou manter uma ereção);
Infertilidade/ diminuição da quantidade de esperma;
3- Ginecomastia e/ou sensibilidade mamária;
4- Falta de vitalidade/energia;
5- Nervosismo, falta de concentração, mau humor;
Afrontamentos;
6- Diminuição da massa muscular;
7- Aumento massa gorda;
8- Atenuação da densidade mineral óssea e/ou osteoporose;
9- Alterações pilosas e da pele;
10- Desanimo, cansaço constante
A TRT foi aprovada em 1972 pela US Food and drug Administration (FDA) para o tratamento de homens com hipogonadismo.
O objetivo fundamental da TRT é regularizar os níveis de testosterona no soro e, consequentemente, abrandar os sintomas associados à deficiência hormonal androgénica, promovendo e mantendo a qualidade de vida do indivíduo. Existem diferentes formas de gerenciamento para a TRT e a sua seleção deve ser apropriada, referida e escolhida pelo profissional de saúde para cada doente e para a sua circunstância em especial. Fatores como eficácia, conveniência, custo e adesão à terapêutica devem estar presentes atualmente da escolha entre os diferentes tipos de formulação no TRT.
Os tipos de sistemas de libertação da TRT são:
1- Agenciadores orais;
2- Injeções intramusculares;
3- Sistemas transdérmicos;
4- Substâncias sublinguais;
5- Implantes subcutâneos;
Benefícios da TRT
1 -Elevar a Libido, função e melhorar a performance sexual.
A disfunção erétil é um contratempo comum relacionado com o envelhecimento do homem, assim como o hipogonadismo. A verdade é que o público jovem necessita de menores níveis de testosterona livre e os homens com idade avançada e/ou com hipogonadismo, para obterem desejo sexual e ereção, visto que a testosterona na sua forma livre está relacionada com a função erétil e com o orgasmo no homem. Estudos efetuados indicam que homens com hipogonadismo se favorecem da TRT nos seus problemas relacionados com falta de apetite sexual e ereção, devido à reposição dos níveis de testosterona no soro.
2 -Melhora na Densidade Mineral Óssea (DMO)
O hipogonadismo e o envelhecimento do homem podem levar ao aumento do surgimento de osteoporose e fraturas, em virtude da diminuição dos níveis de testosterona circulantes e esta ter um papel fundamental na proteção e manutenção da DMO. Consequências de estudos randomizados demonstram que a testosterona tem um papel fundamental ao estender a atividade dos osteoblastos e, ao ser aromatizada a estrogénios, diminui a atividade dos osteoclastos. Estes estudos demonstraram as vantagens de níveis normais de testosterona no soro do homem, protegendo e mantendo a DMO.
3 – Melhora na Composição corporal com: Mais massa muscular e Menos massa gorda
A diminuição da testosterona no soro com o envelhecimento e/ou devido ao hipogonadismo leva a alterações corporais no homem, nomeadamente ao acréscimo da massa gorda e à diminuição da massa muscular e resultante perda de força, levando a limitações físicas. A TRT tem confirmado eficácia ao diminuir a morbidade relacionada às alterações corporais acima comentadas, aumentando a massa muscular e diminuindo a massa gorda, mas não sendo certo o aumento da força muscular.
4- Melhora na Qualidade de vida, com : Aumento de energia e animação.
Homens com hipogonadismo tendem a experimentar sintomas caraterísticos de uma depressão, com uma melancolia. Esta tende a aparecer quando os níveis de testosterona Bio disponível estão abaixo do normal. O papel da TRT na qualidade de vida e criação de animo nos homens com hipogonadismo está claro.
5 – Função Cognitiva
A redução dos níveis de testosterona, caraterísticos no hipogonadismo e no envelhecimento, têm sido relacionados à perda de memória visual, verbal e espacial.
Enquanto isso, continua incerto se a TRT afeta a função cognitiva positivamente, devido à existência de estudos em que os resultados são divergentes. Melhorias foram consideradas na memória visual, verbal e nas funções cognitivas em geral, em homens com hipogonadismo tratados com testosterona, pensando-se que as causas destas melhorias sejam a aromatização da testosterona em estradiol, que poderá exercer resultados protetores a nível cerebral.
Baixos níveis de testosterona têm sido relacionado a resultados negativos a nível cognitivo, particularmente em homens com hipogonadismo e envelhecidos, e, há indicativos que a TRT seja benéfica nestes casos.
A terapia de reposição hormonal é indicada nos casos em que o paciente reúne essas 3 condições:
1) Queda dos hormônios sexuais comprovada por exames laboratoriais (testosterona total abaixo de 350 ng/dL);
2) Sinais e sintomas clínicos compatíveis com o quadro de diminuição da testosterona (hipogonadismo);
3) Quando os exames mostram que não existe tumor de próstata, mama ou hipófise, apneia de sono.
Percebemos que o tratamento de reposição testosterona melhora a libido, as condições do aparelho cardiovascular, aumenta a densidade óssea diminuindo a osteoporose, melhora o humor e a depressão, promove um ganho de massa muscular, diminui a massa gorda, aumenta o HDL-colesterol (bom), reduziria o LDL-colesterol (ruim), melhora o sistema imunológico, o humor, a disposição e a função cognitiva. A recuperação da testosterona tem vantagens físicas, psíquicas e sexuais.
Além de facilitar o metabolismo da insulina e a utilização da glicose, a terapia de reposição hormonal dá aos homens a disposição e a energia necessárias para levantar do sofá para ter uma relação sexual com a parceira ou para ir para a academia praticar atividade física, o que é primordial na prevenção e no tratamento da diabetes e na manutenção da saúde em geral.
Pontos negativos da TRT
Próstata
A próstata é um tecido androgénio-dependente e os potenciais efeitos adversos da TRT neste órgão continuam a preocupar muitos profissionais de saúde. Até ao momento não existem evidências que possam concluir que a TRT aumente a probabilidade de se desenvolver cancro da próstata, apesar de que, em homens com hipogonadismo, o aumento dos níveis de testosterona no soro pode desencadear alterações no tecido prostático, e, em certas situações, potenciar o aumento do volume prostático, condição denominada hiperplasia benigna da próstata (HBP).
Próstata: Hiperplasia benigna da próstata (HBP)
Com o envelhecimento, alguns homens tendem a sentir sintomas de HBP, na sua maioria sintomas do trato urinário inferior (STUI), como dificuldade em urinar, provocados pelo aumento do volume prostático e consequente obstrução do canal urinário. Tendo em conta a relação entre o crescimento prostático e a concentração de testosterona no soro, estudos demonstraram que a TRT leva a um aumento do volume da próstata e, em certas situações, a um ligeiro aumento dos níveis do antigénio prostático específico (PSA), originando ou piorando os STUI. Assim, a TRT é considerada segura em homens portadores de HBP com STUI ligeiros a moderados.
Próstata: Câncer da próstata
Uma das perturbações dos profissionais de saúde relacionada com a TRT era a sua associação com o aumento do risco de desenvolver câncer da próstata. Como referido anteriormente, a próstata é um tecido androgénio-dependente, no entanto, não se verifica aumento do risco de desenvolver este tipo de tumor com o aumento das concentrações de testosterona no soro. Apesar de não existir relação entre a TRT e o aumento do risco de se desenvolver o câncer da próstata.
Durante a TRT, como supracitado, pode existir um ligeiro aumento do PSA. O aumento deste antigénio específico, por norma, leva à realização de exames, como biópsias, para averiguar da presença de câncer. Deve salientar-se que o aumento deste antigénio específico não está apenas associado a doenças malignas mas também a prostatites e à HBP.