Drogas e Disfunção Erétil: Qual a Relação?

mostrar um homem jovem fazendo uso de drogas de forma recreativas

Em um primeiro momento, o uso da maior parte das drogas provoca efeitos muito positivos para o ser humano, como sensações de felicidade, coragem e bem-estar. Entretanto, o uso prolongado pode trazer sérias consequências para a saúde, especialmente quando usadas em abundância.

Geralmente, o consumo de drogas, lícitas ou ilícitas, ocasiona diversos efeitos colaterais no organismo humano em curto ou longo prazo, como alterações na frequência cardíaca e pressão arterial, falta de apetite ou sono, surgimento de doenças mentais e câncer, além de disfunção erétil, no caso dos homens. Esta última, é um problema muito discutido no meio médico, devido ao debate sobre o uso de drogas com a disfunção erétil.

A disfunção erétil é definida como a incapacidade masculina de obter e manter a ereção do pênis suficiente para conseguir ter uma atividade sexual satisfatória. Geralmente, ela ocorre como um sinal de doenças crônicas ou problemas psicológicos, e afeta gravemente a vida sexual dos homens e de suas parceiras.

Por outro lado, vale ressaltar que nem sempre o fato do homem não conseguir ter ereção se consiste como disfunção erétil, mas, caso isso ocorra frequentemente, é essencial consultar um médico Andrologista para obter uma avaliação adequada.

Hoje, cerca de 100 milhões de homens em todo o mundo apresentam disfunção erétil, sendo que a condição é bastante comum na população masculina acima dos 30 anos. No Brasil, a prevalência da doença se aproxima dos 50% após os 40 anos, atingindo cerca de 16 milhões de brasileiros.

Neste sentido, um fato é notada quando falamos de disfunção erétil: cerca de 70% dos dependentes de drogas lícitas ou ilícitas possuem alguma disfunção sexual, confirma um estudo realizado pela USP.

Sendo assim, descobriremos um pouco como se constitui a disfunção erétil, e qual a relação que ela possui com o consumo de drogas, especialmente se apenas o uso delas é o suficiente para garantir essa condição, ou se elas apenas reforçam um cenário pré-existente.

Como pode ser definida a Disfunção Erétil?

Basicamente, a disfunção erétil pode ser definida como a incapacidade de iniciar ou manter uma ereção suficiente durante as relações sexuais. Embora pareça singelo, o conceito é extenso, e isso pode ocorrer por uma dificuldade específica, ou um conjunto de falhas no funcionamento de uma ou mais estruturas envolvidas.

Historicamente, muitas pessoas se referem à condição como “impotência sexual”. Entretanto, com o avanço da discussão médica e social acerca de problemas sexuais ao longo dos anos, o termo deixou de ser utilizado, devido à conotação pejorativa que possui. Inclusive, falar sobre disfunção erétil pode ser um tabu para muitos homens, portanto, é ideal desconstruir certas mistificações sobre o assunto.

Quais os sintomas da Disfunção Erétil?

A disfunção erétil pode ser manifestada de diversas maneiras, ou seja, não é definida somente pelo fato de não conseguir manter o pênis ereto. Problemas de ejaculação ou orgasmo também são sintomas fundamentais do problema. Em alguns casos, é possível que o indivíduo demore para manter uma ereção duradoura, ou até consiga obter ereção, entretanto, não possui rigidez suficiente. Em outros casos, mesmo quando é apresentada uma ereção adequada, ocorre a ejaculação precoce, definida como uma ejaculação com mínimo estímulo sexual.

O que ocasiona a Disfunção Erétil?

Primeiramente, vale ressaltar que a disfunção erétil possui diversos tipos, por isso, existem várias causas físicas envolvidas. Entre os principais, podemos citar problemas cardiovasculares, neurológicos, metabólicos, hormonais, uso excessivo de medicamentos ou substâncias, além de muitos outros.

Além disso, fatores psicológicos como medo e ansiedade podem raramente ser um dos causadores da disfunção erétil. Neste caso, os fatores psicológicos se convertem em consequências físicas: os picos de adrenalina geram uma contração das estruturas que, normalmente, deveriam estar relaxadas. Como não ocorre, a válvula não permite que a ereção funcione.( esses casos são mais raros ).

Sendo assim, confira abaixo os principais fatores para o aparecimento da disfunção erétil:

Problemas circulatórios

O fluxo de sangue é um dos fatores essenciais para a ereção. Dessa forma, qualquer alteração que dificulte a alteração sanguínea adequada para essa região pode causar disfunção erétil. Como exemplo, podemos citar doenças cardiovasculares, como a hipertensão, colesterol elevado, diabetes, tabagismos, pacientes submetidos a radioterapia, além de indivíduos que realizaram alguma cirurgia prévia na pelve.

Neurológicas

Ao todo, 20% dos casos de indivíduos com disfunção erétil estão associados a problemas neurológicos. Como exemplo, temos doenças degenerativas, como esclerose múltipla, doença de Parkinson, tumores no sistema nervoso central, acidente vascular cerebral (AVC), ou traumatismos.

Doenças estruturais

Algumas pessoas possuem doenças desde o nascimento, ou adquiriram doenças que causem alterações na anatomia peniana, podem apresentar problemas sérios na ereção e nas relações sexuais. Como exemplo, podemos citar a doença de Peyronie, uma condição normalmente visa em pessoas de meia-idade, onde ocorre a formação de uma placa de tecido enrijecido ao longo dos turbos interiores do pênis, causando uma curvatura anormal e dificulta as relações sexuais e a ereção.

Distúrbios hormonais

Os distúrbios hormonais são uma das grandes causas de alterações da libido, ou o desejo de ter relação sexual, independente da falta de testosterona, afetando diretamente a ereção. Além disso, temos outras condições que podem ser causadoras da disfunção erétil, como hipertireoidismo, hipotireoidismo, hiperprolactinemia, entre outras alterações.

Transtornos psicológicos

Alguns problemas como depressão, ansiedade e estresse tendem a afetar mais a população adulta, sendo um dos raros transtornos de ereção, pois diminuem diretamente a libido.

Abuso de drogas ou medicamentos

Diversos medicamentos podem ocasionar problemas na ereção, como remédios para depressão ou ansiedade, anti-hipertensivos, anti psicóticos, além do abuso de drogas como álcool, tabaco, cocaína, heroína, metadona, entre outras.

Quais são as principais drogas que causam perda da ereção?

Como mencionamos, um dos grandes causadores da disfunção erétil, ou a perda da ereção, é o abuso de drogas ou medicamentos. No caso das drogas, devido a sua natureza muitas vezes sintética e clandestina, os efeitos tendem a ser mais severos. Por isso, confira quais são as drogas que mais afetam a ereção:

Álcool

Embora seja uma droga licita, e muito adorada por muitos durante o sexo, o álcool ainda pode ocasionar a disfunção erétil. Num primeiro momento, o álcool pode funcionar como estimulante, causando uma sensação de relaxamento no homem. Além disso, ainda pode conseguir excitá-lo, especialmente o vinho, o que o torna uma bebida referenciada em relação ao sexo.

Entretanto, essa sensação de relaxamento e estimulação só ocorre em doses moderadas, portanto, o excesso de álcool pode comprometer seriamente o mecanismo eretor, ou seja, causar a disfunção erétil.

Isso ocorre porque o indivíduo embriagado tem suas funções motoras e psicológicas abaladas, dificultando o controle da ereção. Além disso, o consumo exagerado de álcool afeta todo o organismo masculino, portanto, o sistema reprodutor é um dos mais atingidos neste processo.

Dessa forma a pessoa que ingere grandes quantidades de alcool de uma só vez, terá dificuldade para ter e manter a ereção a médio e a longo prazo.

Cigarro

Uma das consequências do uso excessivo de cigarros é a vasoconstrição, que consiste no estreitamento das artérias. Caso isso ocorra, o sangue terá dificuldades de atravessá-las. Neste sentido, vale ressaltar que o mecanismo de ereção depende do fluxo de concentração sanguínea nos corpos cavernosos do pênis, logo, se isso não ocorre, a disfunção erétil costuma aparecer.

Além disso, as substâncias tóxicas contidas no cigarro ficam acumuladas no interior das veias e artérias, OBSTRUINDO o fluxo sanguíneo. Portanto, o uso de nicotina consegue causar alterações sanguíneas e levar a disfunção erétil.

Por outro lado, o cigarro afeta a libido, ou seja, dificilmente um homem conseguirá ter uma ereção satisfatória, mesmo que haja testosterona.

O uso de maconha pode causar perda de ereção?

Basicamente, a maconha é bastante comentada quando o assunto é sexo: ela ajuda o individuo a “se soltar”, facilitando a excitação e a ereção. Mas, apesar da sensação de relaxamento, existem alguns pontos a serem considerados quando o assunto é perda de ereção.

Para começar, não é possível identificar o limite entre as doses, ou seja, qual dose poderia proporcionar um efeito positivo, e qual dose seria excessiva para provocar sonolência e, posteriormente, a dificuldade em ejacular. Por isso, este limite pode ser ultrapassado rapidamente, especialmente dependendo do indivíduo. Além disso, o vício em maconha pode causar um problema: o homem não consegue “relaxar” sem usar a droga.

Por outro lado, a maconha proporciona consequências negativas para o cérebro quando usada a longo prazo, prejudicando a função cerebral. A maconha também consegue provocar alterações significativas na FERTILIDADE e na QUALIDADE do esperma.

“Homem com produção levemente deficiente, mas com limite inferior à normalidade, tem chance maior de ficar infértil se usar maconha”, afirma o especialista.

Paralelamente, alguns estudos mostraram que o uso de maconha está vinculado a um pequeno aumento nos níveis de testosterona no sangue. Entretanto, não foi evidenciado que esse pequeno aumento possua relação com melhorias na frequência sexual, portanto, ainda é uma incógnita.

Sendo assim, é comum que o uso de maconha não seja recomendado para pessoas que possuem algum tipo de problema na ejaculação, pois o consumo excessivo pode causar consequências negativas para o metabolismo, além de viciar o corpo a relaxar somente com o uso da droga.

Além disso, vale salientar que o uso de maconha por si só pode não ser tão prejudicial quanto o seu uso com cocaína. Ou seja, usar maconha e cocaína seguidamente, pode ser muito prejudicial para a ereção. Isso porque a cocaína possui um efeito vasoconstritor, ou seja, ela consegue “matar” algumas partes do cérebro, principalmente a responsável pela libido. Por isso, de forma alguma utilize as duas drogas juntas, pois os efeitos poderão ser letais.

Quais são as drogas que afetam a ereção?

Não é somente o álcool e o tabaco que podem influenciar diretamente a libido, muitas outras drogas podem impactar negativamente a ereção. Algumas drogas como cocaína e heroína são mais estimulantes e, num primeiro momento, oferecem uma sensação prazerosa de ereção, mas não conseguem ser prolongadas, causando a perda da sensação pouco tempo depois.

Além disso, as drogas em excesso podem gerar doenças depressivas, ou seja, não somente a ereção é afetada, mas o homem passa a não ter libido necessário para as relações sexuais, e o problema tende a se agravar. Por isso, confira as principais drogas que causam a disfunção erétil:

homem confiante após ter feito a reposição hormonal

Cocaína

Para começar, é necessário falar que o uso de cocaína possui um grave risco de dependência, e que as consequências para a saúde são extremamente destrutivas, especialmente a longo prazo.

Além disso, há um sério problema para a sexualidade. Isso porque quando o homem tem relações sexuais estimulado por cocaína, essa sensação de “prazer com maior facilidade”, ou “ereções mais prazerosas” ocorrem de forma efêmera, e o retorno a “normalidade” é difícil, ou seja, o individuo fica depende da droga para ter prazer sexual.

Por último, é importante falar que o uso de cocaína em médio e longo prazo causa efeitos devastadores para a circulação sanguíneas, principalmente nos pequenos vasos chamados microcirculação. Sendo assim, o uso de cocaína é uma grande fonte de doenças cardiovasculares, e pode causar infartos, mesmo entre pessoas mais jovens. Por isso, o uso de cocaína é um dos principais causadores de uma disfunção erétil orgânica severa.

Ecstasy e a Ereção

Conhecida por muitos como a “droga do amor”, o Ecstasy proporciona uma sensação de euforia, e consegue aumentar a libido. Entretanto, ela funciona como um vasoconstritor, ou seja, a droga contrai os vasos sanguíneos e diminui o fluxo sanguíneo.

Devido à necessidade de sangue para “inflar” o pênis, o uso de ecstasy faz com que ele não suba, ou suba com muita dificuldade. Além disso, ele ainda impossibilita o indivíduo de conseguir urinar corretamente, pois libera uma substância que retém os líquidos nos rins. Por isso, mesmo que seja uma droga que aumenta a libido momentaneamente, o uso prolongado consegue gerar uma disfunção erétil séria.
A Clínica Alfa tem o tratamento ideal para você!

Como sabemos, a disfunção erétil gera muita ansiedade e frustração entre os homens, especialmente porque o assunto ainda é tratado como tabu pela sociedade. Entretanto, a Clinica Alfa sabe da importância de debater o tema, e buscar atendimento especializado é o primeiro passo para resolver o problema.

Sendo assim, a Clínica Alfa também compreende que é necessário oferecer um tratamento acolhedor, que contenha uma série de iniciativas a fim de cuidar dessas questões. O primeiro passo, é marcar a sua consulta e identificar qual o principal fator para a sua disfunção erétil.

Além disso, também é necessário realizar um acompanhamento psicológico para avaliar a condição do paciente. Sendo assim, a Clínica Alfa possui uma equipe especializada e consciente da disfunção erétil, portanto, será capaz de te acolher e fará os esforços necessários para reverter essa situação.

Portanto, se você acredita que possui disfunção erétil, seja devido ao uso prolongado de drogas ou até mesmo outros fatores, saiba que a Clinica Alfa tem o melhor tratamento para o problema! Por isso, não tenha medo ou vergonha, e marque a sua consulta o quanto antes. Muito além da sensação de impotência, há uma série de cuidados que você pode fazer por si mesmo e isso inclui ter uma vida sexual saudável!